domingo, 22 de junho de 2008

BANDEIRA

Ontem estava pensando sobre a festa de São João e me lembrei de um poema¹ escrito por Manuel bandeira. Um dos poetas que admiro pela vida e obra.
Manuel Bandeira descrevia uma noite de São João na poesia. Falava de pessoas queridas, das saudades que sentimos, quando as mesmas já não pertencem mais a este mundo. Personagens da infância, lembranças de uma noite de sonho e alegria. Momentos de doçura. Recordei, então, das minhas noites de São João. Fiquei feliz ao perceber que minha infância foi tão bonita como o poema.
Atualmente não comemoro a festa junina como antes, mas estou satisfeita com a memória do São João que vivi. Genuíno, puro e repleto de uma infância bem vivida. Manuel Bandeira, no entanto, não teve uma vida tão feliz. Perdeu família e a saúde, mas jamais a virtude de perceber, no mundo, saídas para a felicidade, para o bem viver.
Memórias da infância, São João e Manuel Bandeira. Excelente mistura para renovar a alma e entender que nem tudo está perdido. “
Uns tomam éter, outros cocaína. Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.”²

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¹ O poema ao qual me refiro, chama-se Profundamente.
²
Verso de Não Sei Dançar, uma poesia também escrita por Manuel Bandeira.


Abraços!